Na alça de mira das privatizações do governo Jair Bolsonaro, a BR Distribuidora, empresa de combustíveis controlada pela Petrobras, teve um lucro líquido de R$ 477 milhões no primeiro trimestre, salto de 93% na comparação anual; lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado somou R$ 841 milhões, 8,8% acima do mesmo período do ano anterior
Reuters – Por Luciano Costa – A BR Distribuidora, empresa de combustíveis controlada pela Petrobras, reportou lucro líquido de 477 milhões de reais no primeiro trimestre, salto de 93 por cento na comparação anual, em resultado ajudado por menor despesa financeira e pelo reconhecimento de recebíveis junto a distribuidoras de energia da Eletrobras que foram privatizadas.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado somou 841 milhões de reais, 8,8 por cento acima do visto em mesmo período do ano anterior.
Os ganhos maiores vieram apesar de um recuo de 0,3 por cento na receita líquida, para 22,4 bilhões de reais, e de uma queda de 3,4 por cento no volume de vendas na comparação anual.
Já o resultado financeiro saiu de uma perda de 46 milhões de reais entre janeiro e março de 2018 para ganho de 227 milhões de reais neste ano.
A BR disse ainda que o lucro foi impactado positivamente pelo reconhecimento de instrumentos de confissão de dívida (ICDs) das distribuidoras de energia privatizadas pela Eletrobras junto à companhia no montante de 181 milhões de reais.
Segundo a empresa, sua rede de postos apresentou volume de vendas 2 por cento menor no trimestre na comparação anual, com recuo de 9,1 por cento frente ao quarto trimestre de 2018, “em função do diesel e da maior participação do etanol no mix do ciclo otto, em ambos os períodos comparados”.
O número de postos da BR subiu para 7.703 ao final do primeiro trimestre, contra 7.665 no final de 2018 e 7.406 há um ano.
A BR fechou o trimestre com endividamento bruto consolidado de 6,375 bilhões de reais. A dívida líquida ficou em 2,37 bilhões de reais, mas a companhia ressaltou que, dos 4 bilhões disponíveis em seu caixa, 3 bilhões de reais “já foram compromissados para pagamento de juros sobre capital próprio e dividendos”.
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