Questionado sobre o episódio de vazamento da conversa entre ele e Dilma Rousseff, Lula não poupou o ex-juiz Sérgio Moro, atual ministro da Justiça. “Minha reação ao grampo foi que o Brasil estava fora de controle. O Brasil não tinha mais autoridade. Um juiz de 1ª instância fazer todo o desatino que o Moro fez. Ele fornecia à imprensa informações em primeira mão. A imprensa transformava a mentira do Moro em verdade e aí o cara já estava condenado”, disse ele.
Da revista Fórum – Em outro trecho da entrevista de Lula ao jornalista Kennedy Alencar, exibida parcialmente nesta sexta-feira (10), pela BBC World News, o ex-presidente disse que está tranquilo com sua consciência. “Só tenho eu mesmo e esse povo maravilhoso que está aí fora. Quando eu provar minha inocência, posso morrer tranquilo”.
Lula destacou que muita gente achava que ele deveria sair do Brasil, ir para uma embaixada, antes de ser preso. “Mas eu resolvi ficar no meu país. É lá em Curitiba que eles me querem, eu vou para lá. Eu estou muito tranquilo aqui”.
Moro
Questionado sobre o episódio de vazamento da conversa entre ele e Dilma Rousseff, Lula não poupou o ex-juiz Sérgio Moro, atual ministro da Justiça.
“Minha reação ao grampo foi que o Brasil estava fora de controle. O Brasil não tinha mais autoridade. Um juiz de 1ª instância fazer todo o desatino que o Moro fez. Ele fornecia à imprensa informações em primeira mão. A imprensa transformava a mentira do Moro em verdade e aí o cara já estava condenado”, disse.
Bolsonaro
Em relação a Bolsonaro, Lula também foi contundente: “Ele acaba de fazer um decreto acabando com todos os conselhos populares, que foram criados a partir da Constituição de 1988. Ele defende barbaramente o Estado armado, policialesco. O cidadão só faz aquele gesto de atirar. Na cabeça dele, a arma resolve o problema de todo mundo. Ele acaba de autorizar que fazendeiro pode utilizar arma e atirar em quem quiser”.
O ex-presidente mencionou os problemas causados pelos filhos do presidente: “O Bolsonaro corre atrás dos filhos para apagar um incêndio todo dia. Eu, sinceramente, não sei como funciona isso. Mas o que se apresenta publicamente é um negócio incontrolável. Pelo bem do Brasil eu espero que ele aprenda. Se o Brasil quiser ser respeitado, o Brasil precisa cuidar de si. Não é com discurso, é com prática. Então, seu Bolsonaro, ao invés de ficar falando bobagens, deveria falar o seguinte: ‘Vou terminar esse mandato sendo melhor do que o Lula, vou fazer mais universidades, vou investir mais em ciência e tecnologia, vou colocar mais criança na escola”’.
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