O novo ministro da Educação, Abraham Weintraub repete o discurso dos nazistas na Alemanha na década de 1930 e diz que “os comunistas” são donos dos bancos, das grandes empresas e da imprensa no país; Na Alemanha, em vez dos comunistas, o alvo de discurso similar ao de Weintraub eram os judeus; segundo Gerd Wenzel, comentarista da ESPN Brasil e colunista da Deutsche Welle, nascido na Alemanha, o discurso é “plágio dos anos 30 na Alemanha: é só trocar ‘comunistas’ por ‘judeus'”
247 – O novo ministro da Educação, Abraham Weintraub repete o discurso dos nazistas na Alemanha na década de 1930 e diz que “os comunistas” são donos dos bancos, das grandes empresas e da imprensa no país. Na Alemanha, em vez dos comunistas, o alvo de discurso similar ao de Weintraub eram os judeus. Segundo Gerd Wenzel, comentarista da ESPN Brasil e colunista da Deutsche Welle, nascido na Alemanha, o discurso é “plágio dos anos 30 na Alemanha: é só trocar ‘comunistas’ por ‘judeus'”.
O que disse o novo ministro em palestra em 2018:
“…Os comunistas são o topo do país. Eles são o topo das organizações financeiras; eles são os donos dos jornais; eles são os donos das grandes empresas; eles são os donos dos monopólios…”
O que diziam os nazistas em 1930:
“…Os judeus são o topo do país. Eles são o topo das organizações financeiras; eles são os donos dos jornais; eles são os donos das grandes empresas; eles são os donos dos monopólios…”
hitler atribuía os males da alemanha ao suposto fato de os judeus controlarem os meios de comunicação e o sistema financeiro com isso, escolheu um bode expiatório, que se tornou alvo preferencial da perseguição nazista o weintraub, na essência faz o mesmo.
A afirmação farsesca. Weintraub lança uma acusação segundo a qual os Setúbal, donos do Itaú, os Safra, donos do banco que leva o nome da família, Jorge Paulo Lemann, com sua fortuna de US$ 23 bilhões, os Marinho e os Frias seriam comunistas com o mesmo objetivo que os nazistas lançaram acusação similar aos judeus na Alemanha.
Hitler atribuía os males da Alemanha ao suposto fato de os judeus controlarem os meios de comunicação e o sistema financeiro. Com isso, escolheu um bode expiatório, que se tornou alvo preferencial da perseguição nazista. Weintraub, na essência faz o mesmo. Em 1930, criou-se uma onda de antipatia e repulsa que deu condições políticas à perseguição brutal, cujo ápice foi o holocausto ou shoá, na qual morreram mais de 6 milhões de judeus. É o mesmo método, que o novo ministro agora usa contra os comunistas.
A ironia trágica é que Weintraub é judeu.
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