TUDO PELO SOCIAL

Estou certo que, no isolamento do poder, em Brasília, o senhor pode imaginar que as reformas da Previdência e Tributária possam parecer importantes.

Bobagem, presidente.

Deixe para o Posto Ipiranga esses problemas menores e o trato com o Congresso, onde ele já se mostrou um verdadeiro diplomata. Importante mesmo é o senhor investir em social. Rede social.

Rede social, presidente, é coisa que o senhor, como bom brasileiro, domina.

Somos bons nisso desde o tempo do Orkut, quando tomamos a rede de assalto a tal ponto que os gringos desistiram. O senhor, então, nem se fale.

Por isso meu apelo, presidente.

Passados três meses, o senhor continua governando pelo Twitter.

É claro que o Twitter tem seus encantos. Nada de discursos longos, horários reservados na TV, Voz
do Brasil.

Twitter é pá e bola, certo? Um veículo prático, pois seus filhos podem postar e ninguém percebe. Mas o social (no sentido de network) é mais que isso.

O senhor foi eleito por brasileiros anônimos de todas as redes. Gente que nem conta verificada tem. Chegou a hora de investir no social para todos.

De WhatsApp eu entendo. Tecnicamente nem é uma rede social de verdade e, de mais a mais, o senhor não poderia passar seu celular para todo mundo. Além disso, o WhatsApp é o antro das terríveis fake news que o senhor passou a abominar depois de eleito.

Mas e o Instagram? Hoje o senhor tem lá um instagranzinho mixuruca.Não pode. A nação clama por sua presença consistente nesta importante rede.

Presidente, deu no Datafolha.

O seu ruim/péssimo bateu 30%, me desculpe tocar neste assunto tão sensível.

O Collor que é o Collor, quando confiscou a Poupança tinha só 19%. Sabe por quê?

Imagem, presidente. Imagem é tudo.

E imagem é Instagram.

Além disso, investir no Instagram é investir em inclusão social.

Milhões de brasileiros que hoje estão esquecidos pelo seu governo poderão acordar com aquele pãozinho sem miolo besuntado de leite condensado, renovando as esperanças em dias melhores. Aquelas broas de milho com danoninho vão derrubar seus 30% para um dígito num final de semana. É batata.

Já pode ver aquele pôr do sol no planalto, hein? Fale a verdade. Imagine que beleza, num domingo com o Palmeiras jogando, o senhor faz uma foto com as pernas esticadonas, de chinelo, TV ao fundo. Quem sabe a Damares Alves recitando uma oração para começar a semana? Seus stories vão bombar quando demitir ministros ao vivo. Está mais do que na hora do senhor abraçar os brasileiros preteridos em outras redes.

Minha mãe, por exemplo, não votou no senhor, mas não é por isso que a coitada deve ficar ao relento, no Facebook, sem acompanhar o seu governo, não é mesmo? Ela não entende nada de Twitter. Como ela, há milhões de brasileiros. Para o Facebook, quem sabe um ou outro textão onde o senhor — ou alguém familiarizado com o assunto — poderia explicar melhor a política econômica.

Vamos lá, presidente.

Atenda ao pedido deste cidadão. Tenho certeza que seu investimento no social vai trazer frutos.

E quando as redes mais conhecidas estiverem dominadas, Trump morrendo de inveja, o senhor dará o golpe final — claro que com o conhecimento e a aprovação da primeira-dama — com um perfil no Tinder.

Aí pronto.

Será só correr para o abraço. Literalmente.

CARLOS BOLSONARO TAMBÉM EMPREGOU ASSESSOR LIGADO A FABRÍCIO QUEIROZ

O vereador Carlos Bolsonaro (PSC/RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL), empregou em seu gabinete na Câmara Municipal do Rio o ex-marido da atual mulher de Fabrício Queiroz, Márcia Oliveira de Aguiar, e pai da sua enteada, Evelyn Melo de Queiroz. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (15) pelo Estadão.

Márcio da Silva Gerbatim esteve lotado como motorista no gabinete de Carlos por dois anos, entre abril de 2008 e abril de 2010, quando foi exonerado para ser nomeado no gabinete de outro filho do presidente, o então deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL/RJ) na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) no cargo de assessor-adjunto, no qual ficou até 9 maio de 2011.

De acordo com a reportagem, no mesmo dia em que Gerbatim trocou a Câmara Municipal pela Assembleia, Carlos Bolsonaro nomeou um ex-assessor do irmão, Claudionor Gerbatim de Lima, que acabara de ser exonerado do gabinete de Flávio.

A reportagem destaca que assim como Queiroz, Márcio Gerbatim também integrou a Brigada de Infantaria Paraquedista do Exército e teve uma filha, Evelyn Mayara de Aguiar Gerbatim, que é enteada de Queiroz, empregada no gabinete de Flávio na Alerj, de agosto de 2017 até fevereiro deste ano.

Queiroz também teve sua família empregada no gabinete de Flávio: a mulher, Márcia Oliveira de Aguiar, e suas filhas, Evelyn Melo de Queiroz e Nathália Queiroz. Nathália também esteve lotada no gabinete de Jair Bolsonaro, em Brasília, de dezembro de 2016 a 15 de outubro de 2018.

Procurado pelo Estadão, Carlos Bolsonaro negou, por meio da assessoria, que Queiroz tenha tido influência em seu gabinete na Câmara Municipal, onde é vereador desde 2001. Segundo ele, Márcio Gerbatim foi nomeado no gabinete “face sua experiência na função de motorista e não por indicações” e que “nunca nenhum parente de Fabrício Queiroz foi nomeado neste gabinete”. A assessoria também respondeu que o vereador não sabia que Gerbatim era ex-marido da mulher de Queiroz.

DORIA QUER EXPULSAR AÉCIO, RICHA E AZEREDO EM ‘FAXINA ÉTICA’ NO PSDB

O deputado Aécio Neves (PSDB-MG), protagonista do golpe de 2016, e o ex-governador Beto Richa, do Paraná, devem ser expulsos em breve do PSDB, assim, como o ex-governador mineiro Eduardo Azeredo. Os três seriam os primeiros alvos da ‘faxina ética’ que o governador de São Paulo, João Doria, pretende promover, para tentar se viabilizar candidato à presidência da República, em 2022.
“O governador de São Paulo, João Doria, disse que o PSDB encomendou uma pesquisa para avaliar entre outras coisas a possibilidade de uma mudança no nome do partido. Além disso, aliados do governador planejam promover o que chamam de ‘faxina ética’ na agremiação após a convenção nacional da sigla, que está marcada para junho”, informam os jornalistas Pedro Venceslau e Ricardo Galhardo, no Estado de S. Paulo.

“Nós vamos estudar. Defendo que façamos uma pesquisa a partir de junho. Já está previsto, inclusive. E que esta ampla pesquisa nacional avalie também o próprio nome do PSDB”, disse Doria, neste domingo. “Melhor do que o achismo e o personalismo é a pesquisa, ela representa a convicção daquilo que emana da opinião pública.”

Segundo a reportagem de Venceslau e Galhardo, estão na mira o ex-governador do Paraná, Beto Richa, que foi preso em uma operação do Ministério Público do Paraná (MP-PR), o ex-governador Eduardo Azeredo, preso por desvio de recursos de estatais mineiras, e o deputado federal Aécio Neves, réu por corrupção no Superior Tribunal Federal (STF).

Aécio foi também o protagonista do golpe de 2016, que começou a ser planejado após sua derrota na disputa presidencial de 2014.

ELITISTA, INSIGNIFICANTE E ISOLACIONISTA: AS CRÍTICAS À EDUCAÇÃO DOMICILIAR

“É um projeto estatisticamente insignificante, esse debate deve atingir 15 mil pessoas. Quem vai em busca disso [ensino domiciliar] são famílias muito ricas, quem pode pagar professores particulares, acessar materiais. Não é a realidade da família brasileira”, diz o deputado Israel Batista (PV), que também é professor de história.
O projeto de educação domiciliar proposto pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL) surtirá algum efeito apenas nas classes mais altas do país e não deveria ser pauta prioritária para o setor. A avaliação é de deputados da Frente Parlamentar Mista da Educação ouvidos pelo UOL. A frente reúne políticos do Senado e da Câmara, de diversas posições ideológicas, além de um conselho consultivo composto por organizações da sociedade civil.

“É um projeto estatisticamente insignificante, esse debate deve atingir 15 mil pessoas. Quem vai em busca disso [ensino domiciliar] são famílias muito ricas, quem pode pagar professores particulares, acessar materiais. Não é a realidade da família brasileira”, diz o deputado Israel Batista (PV), que também é professor de história.
Batista afirma que o governo está perdendo tempo com uma pauta irrisória, enquanto deixa de lado aspectos cruciais da educação como o analfabetismo funcional e a evasão escolar. “É um tema emocionante, mas não é importante”, diz. Apesar das críticas –como ao dizer que “o estudante não pode ser confinado em uma redoma de vidro”–, o deputado diz ver aspectos positivos da medida, como o fato de a família estar mais próxima das crianças e adolescentes.

DESEMBARGADORA QUE MENTIU SOBRE MARIELLE LIBEROU FUNCIONAMENTO DE PRÉDIOS DE MILÍCIAS NO RIO

A desembargadora Marília Castro Neves, alvo de denúncias no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e no Superior Tribunal de Justiça (STJ) por suas postagens ofensivas e criminosas nas redes sociais, tomou decisões que impediram a demolição de quatro prédios no mesmo condomínio onde dois edifícios desabaram nesta sexta-feira 12 na comunidade Muzema, Zona Oeste do Rio, matando sete pessoas. Os prédios eram dominados por milícias.

A juíza compartilhou mentiras sobre Marielle Franco dias após a morte da vereadora por milicianos, responde no CNJ por ter incitado a morte do líder do MTST, Guilherme Boulos, e também já defender um “paredão de fuzilamento” para o ex-deputado Jean Wyllys, caso pela qual é alvo no STJ. Neste ano, ela fez piada com a presença de Boulos no velório do neto do ex-presidente Lula, Arthur.

Uma das decisões sobre os prédios foi tomada dois dias antes do desabamento. Os desembargadores da 20ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio decidiram por unanimidade na quarta-feira 10 manter a liminar que impedia a prefeitura do Rio de demolir um desses imóveis. No caso dos dois prédios que caíram, os imóveis estavam apenas embargados. Os prédios são dominados por milícias.

Em um dos processos de demolição, a prefeitura briga na Justiça desde 2 de dezembro de 2018, quando 16 moradores recorreram ao plantão do Judiciário para suspender o processo, segundo reportagem do Globo.

A desembargadora Marília Castro Neves relatou o recurso e argumentou, para negar a demolição, que a própria prefeitura concedeu um alvará para que uma loja de material de construção de médio porte funcionasse no térreo do imóvel. Ela disse ainda que o ato de demolição, por ser irreversível, causaria danos irreparáveis para os proprietários dos apartamentos.

Os dois prédios que desabaram chegaram a ser interditados duas vezes a pedido da prefeitura, uma em novembro de 2018, pela Secretaria Municipal de Urbanismo, e em fevereiro deste ano, pela Defesa Civil Municipal. O condomínio Figueiras já foi notificado várias vezes nos últimos 14 anos.

No Twitter, Boulos lembrou que se tratava da mesma desembargadora que defendeu sua morte, mas fez referência aos dois prédios que desabaram, informação que foi corrigida pelo Globo posteriormente, alertando que as liminares eram referentes a outros imóveis do mesmo condomínio. Todos, porém, são dominados por milicianos.

PREFEITO DE NOVA YORK CHAMA BOLSONARO DE “SER HUMANO PERIGOSO” E PEDE QUE MUSEU NÃO O RECEBA

O prefeito De Blasio solicitou ao Museu Americano de História Natural que cancele um evento em que o convidado de honra é o presidente da extrema-direita do Brasil, Jair Bolsonaro.
“Acredito na Primeira Emenda”, disse o prefeito na rádio WNYC na sexta-feira, acrescentando: “Se você está falando de uma instituição apoiada publicamente e está falando de alguém que está fazendo algo tangivelmente destrutivo, estou desconfortável com isso.”
De Blasio apontou para os planos de Bolsonaro para desmatar a Amazônia, que ele alertou que poderia colocar em risco o planeta, bem como seu “racismo evidente” e a sua “homofobia”.

HOMEM MATA EX E LIGA PARA A SOGRA IR BUSCAR O CORPO

Um homem matou a ex-companheira em Mirassol D’Oeste (295 km de Cuiabá) e ainda ligou para a mãe dela ir buscar o corpo, na madrugada deste sábado (13).

Kendra Rayane Carvalho tinha 17 anos e foi assassinada ao sair de uma festa. Segundo informações da Polícia Militar, o suspeito seria Ronaldo José de Souza Oliveira.

A polícia está à procura do acusado que, além de matar a ex-companheira, também atirou contra um amigo dela, H.T.S, internado em estado grave no município de Cáceres.

Conforme testemunhas, a jovem teria ido a uma festa na cidade. Ronaldo ficou sabendo e denunciou aos seguranças do estabelecimento de que havia uma jovem menor de idade no local e pediu para que a retirassem da festa.

Diante do fato, os seguranças retiraram a jovem do local juntamente com o amigo dela, H.T.S.

Nesse momento, ainda segundo testemunhas, o suspeito teria enviado várias mensagens para a mãe da vítima, relatando que queria matar a filha dela.

Ronaldo então teria seguido Rayane e o amigo dela, até que, na Rua Hélio Teixeira da Silva, efetuou quatro disparos de arma de fogo, sendo que três atingiram a jovem e um disparo atingiu o amigo dela.

PGR NEGA TER RECEBIDO INFORMAÇÕES DE MARCELO ODEBRECHT SOBRE TOFFOLI

O órgão que é responsável pela investigação da Lava Jato negou, em nota, denúncia feita pelo site O Antagonista; “A Procuradoria-Geral da República (PGR) não recebeu nem da Força-Tarefa Lava Jato no Paraná e nem do delegado que preside o inquérito 1365/2015 qualquer informação que teria sido entregue pelo colaborador Marcelo Odebrecht em que ele afirma que a descrição ‘amigo do amigo de meu pai’ refere-se ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli”, diz o comunicado do órgão, presidido por Raquel Dodge.

247 – Órgão que é responsável pela investigação da Operação Lava Jato, A Procuradoria Geral da República (PGR), presidida por Raquel Dodge, divulgou uma nota na tarde desta sexta-feira 12 negando uma denúncia feita pelo site O Antagonista na noite desta quinta, a de que Marcelo Odebrecht teria esclarecido que a menção “amigo do amigo do meu pai” fazia referência ao presidente do Supremo Tribunal Federal, Antonio Dias Toffoli.

“A Procuradoria-Geral da República (PGR) não recebeu nem da Força-Tarefa Lava Jato no Paraná e nem do delegado que preside o inquérito 1365/2015 qualquer informação que teria sido entregue pelo colaborador Marcelo Odebrecht em que ele afirma que a descrição ‘amigo do amigo de meu pai’ refere-se ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli”, diz o comunicado do órgão.

A mensagem de Marcelo Odebrecht, segundo a revista digital Crusoé, do Antagonista, é uma explicação enviada à Polícia Federal sobre codinomes citados em e-mails apreendidos em seu computador. Na mensagem eletrônica que cita o codinome, Marcelo pergunta aos executivos da empreiteira Adriana Maia e Irineu Meireles: “Afinal vocês fecharam com o amigo do amigo de meu pai?”. A resposta de Marcelo Odebrecht, segundo a Crusoé, foi:

“Refere-se a tratativas que Adriano Maia tinha com a AGU sobre temas envolvendo as hidrelétricas do Rio Madeira. ‘Amigo do amigo de meu pai; se refere a José Antônio Dias Toffoli. A natureza e o conteúdo dessas tratativas, porém, só podem ser devidamente esclarecidos por Adriano Maia, que as conduziu”.

ODEBRECHT: CODINOME ‘AMIGO DO AMIGO DE MEU PAI’ ERA REFERÊNCIA A DIAS TOFFOLI

247 – O empreiteiro e delator Marcelo Odebrecht afirmou à Polícia Federal que o codinome “amigo do amigo do meu pai” se referia ao atual presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli. A informação foi revelada nesta quinta-feira (11) pela Revista Crusoé, que teve acesso a um documento enviado pelo empresário.

Em mensagem a dois executivos da empreiteira, no dia 13 de julho de 2007, Marcelo questiona: “afinal, vocês fecharam com o amigo do amigo do meu pai?”. O executivo Adriano Maia responde: “em curso”.

Nos esclarecimentos enviados aos investigadores, Marcelo Odebrecht afirma que o diálogo “refere-se a tratativas que Adriano Maia tinha com a AGU sobre temas envolvendo as hidrelétricas do Rio Madeira”.

O empreiteiro continua dizendo que “‘amigo do amigo de meu pai’ se refere a José Antonio Dias Toffoli”, que, à época, era advogado-geral da União, no Governo Lula. “A natureza e o conteúdo dessas tratativas, porém, só podem ser devidamente esclarecidos por Adriano Maia, que os conduziu”, acrescentou.

Toffoli tem foro privilegiado e só pode ser investigado pela PGR.

MOURÃO DISPARA CONTRA BOLSONARO E DIZ QUE MILÍCIAS DEVEM SER ENFRENTADAS

Mesmo com a ligação evidente entre o bolsonarismo e as milícias do Rio de Janeiro, o vice Hamilton Mourão mandou um recado direto contra o presidente Jair Bolsonaro ao dizer que as milícias que atuam na região devem ser combatidas; “Não pode fugir disso aí. Tem que buscar uma forma de atuação coordenada entre os três entes da federação para que o Estado desempenhe o seu papel. É inadmissível que existam locais que as forças legais, ou os próprios trabalhadores de companhias de luz, de gás, da água, não possam entrar”; declaração de Mourão foi feita após o desabamento de dois prédios na comunidade da Muzema, que teriam sido construídos irregularmente por milícias.

247 – Mesmo com a ligação evidente entre o bolsonarismo e as milícias do Rio de Janeiro, o vice Hamilton Mourão mandou um recado direto contra o presidente Jair Bolsonaro ao dizer que as milícias que atuam no Estado devem ser combatidas. “Não pode fugir disso aí. Tem que buscar uma forma de atuação coordenada entre os três entes da federação para que o Estado desempenhe o seu papel. É inadmissível que existam locais que as forças legais, ou os próprios trabalhadores de companhias de luz, de gás, da água, não possam entrar”, afirmou.

Declaração de Mourão foi feita durante entrevista à Rádio CBN, nesta sexta-feira (12) após o desabamento de dois prédios na comunidade da Muzema, que teriam sido construídos irregularmente por milícias em uma área de proteção ambiental, na zona oeste do Rio de Janeiro. “A gente sabe que aquelas áreas são dominadas por facções. Então o que sobra para o governo federal é mais um auxílio ao Estado em relação a alguma necessidade que ele precise nessa busca pelos corpos das pessoas que estavam nos dois prédios e também um prazo maior à cooperação com a questão da Segurança Pública”, disse.

A comunidade da Muzema é dominada por um grupo de milicianos que tem entre seus principais negócios a construção de imóveis feitos irregularmente. Segundo a Prefeitura, os prédios que desabaram na área haviam sido construídos de maneira irregular e estariam interditados desde novembro do ano passado.

Nesta semana, o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, afirmou que as milícias fluminenses haviam surgido com a “boa intenção de ajudar as comunidades”, mas que acabaram por se envolver em atividades criminosas.

 

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