BOLSONARO ENTRE A CRUZ DOS CAMINHONEIROS E A VOLÚPIA DOS OPERADORES DE MERCADO

BOLSONARO ENTRE A CRUZ DOS CAMINHONEIROS E A VOLÚPIA DOS OPERADORES DE MERCADO

A Petrobrás não é uma empresa privada. É uma empresa de economia mista controlada pelo setor público. Todo acionista sabe ou deveria saber disso quando compra ou comprou ações da Petrobrás. O controlador de uma empresa de economia mista tem evidente prerrogativa de intervir na política de preços dela e em outros pontos estratégicos. Do contrário, o Estado se tornaria escravo do mercado, independentemente dos interesses de seu povo e atropelando as razões pelas quais a empresa foi criada originalmente.

A política de preços de empresa de economia mista deveria ser igual ao de empresa pública comum: preço pelo custo. Toma-se a amortização anual do investimento, o custo da matéria prima e de todos os insumos usados no processo produtivo, o custo administrativo e o custo de pessoal e calcula-se sobre tudo isso uma margem de lucro razoável para financiar investimentos novos se remunerar o acionista. Claro que isso evita a dança dos preços dos bens produzidos e assegura a estabilidade da empresa e também o lucro do acionista.

No caso da Petrobrás, a estratégia decisiva diz respeito à própria estrutura de produção da empresa. Ela está sendo dilapidada pelas suas diretorias desde Temer. A Petrobrás está vendendo redes de distribuição de gás, nesse caso favorecendo absurdamente o setor privado que compra um negócio sem risco, pois o principal cliente é a própria Petrobrás. Mais criminoso que isso é sua intenção de vender as refinarias pelo simples gosto de entregá-las ao setor privado para exploração também semi-monopolista.

Ainda em relação às refinarias, a Petrobrás invoca razões exclusivamente ideológicas e eventualmente dá margem a suspeitas de corrupção. Para isso está reduzindo sua produção de derivados como gás, gasolina e diesel, a fim de ampliar a participação de empresas estrangeiras, principalmente norte-americanas, nesses mercados. Isso é um crime contra a economia popular e o conjunto da sociedade pois a empresa opera no sentido de produzir menos internamente, mais barato, para comprar lá fora derivados, inclusive diesel, mais caros.

Veremos o que Jair Bolsonaro vai fazer na terça. Os caminhoneiros revoltaram-se justificadamente contra os reajustes absurdos do diesel. A Petrobrás teve que recuar no curto prazo. De qualquer forma, o Presidente está numa situação de ser escravo ou dos caminhoneiros, ou do mercado. Será um grande teste. A reação do mercado na sexta foi significativa: quer forçar a capitulação dele derrubando os preços das ações. Diante desse dilema talvez Bolsonaro proponha aquele tipo de acordo para o diesel que empurrou o custo para as costas do contribuinte em geral com uma fórmula de engano aos caminhoneiros.

Entretanto, não seria surpreendente que um presidente que não entenda nada de economia, e além do mais rodeado por ideólogos neoliberais, acabe enquadrando a molecada que tomou conta os postos chave da administração econômica nacional. É que em cem dias de governo Bolsonaro já machucou o povo de forma tal que pensará duas vezes antes de acrescentar mais essa traição, dessa vez a trabalhadores que, em sua maioria, provavelmente votaram nele. Espera-se, porém, que da negociação não resulte uma espécie de subsídio cruzado em favor do diesel e em detrimento do gás e da gasolina. Isso enfureceria donas de casa pobres e o mundo que usa gasolina. É que, deste governo, tudo se pode esperar.

MUSEU DE NY VOLTA A SE MANIFESTAR SOBRE BOLSONARO: “QUEREMOS DEIXAR CLARO QUE NÃO O CONVIDAMOS”

MUSEU DE NY VOLTA A SE MANIFESTAR SOBRE BOLSONARO: “QUEREMOS DEIXAR CLARO QUE NÃO O CONVIDAMOS”

“O Museu quer agradecer às pessoas que expressaram sua opinião sobre o evento da Câmara de Comércio Brasil-EUA. Queremos que vocês saibam que entendemos e compartilhamos sua aflição.

Também queremos deixar claro que o Museu não convidou o Presidente Bolsonaro; ele foi convidado como parte de um evento externo.

No entanto, estamos profundamente preocupados com os objetivos declarados da atual administração brasileira, e estamos trabalhando ativamente para entender nossas opções relacionadas a este evento.”

JANAINA SE SOLIDARIZA A DEPUTADA AMEAÇADA DE MORTE E EXIGE DEMISSÃO DO MINISTRO DO TURISMO

Deputada estadual Janaína Paschoal (PSL-SP) defendeu neste sábado, 13, a demissão do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, após a divulgação de que a deputada federal Alê Silva (PSL-MG) solicitou proteção da Polícia Federal alegando ter recebido ameaças do ministro; “Todo meu apoio à Deputada Federal Alê Silva. E agora, Presidente? O Ministro do Turismo fica? A Deputada Federal eleita também estaria mentindo? Exijo a demissão do Ministro! Não tem que esperar conclusão de inquérito nenhum!”

247 – A deputada estadual Janaína Paschoal (PSL-SP) defendeu neste sábado, 13, a demissão do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, após a divulgação de que a deputada federal Alê Silva (PSL-MG) solicitou proteção da Polícia Federal alegando ter recebido ameaças do ministro.

“Todo meu apoio à Deputada Federal Alê Silva. E agora, Presidente? O Ministro do Turismo fica? A Deputada Federal eleita também estaria mentindo? Exijo a demissão do Ministro! Não tem que esperar conclusão de inquérito nenhum!”, disse. Segundo Janaína, o afastamento do ministro não implicaria em atribuição de culpa, “apenas um sinal de que o Presidente se importa com as mulheres de seu partido”.

MINISTRO DO TURISMO ENTRA NA MARCA DO PÊNALTI APÓS AMEAÇA A DEPUTADA

Blog do Ismael

O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL-MG), poderá ser a terceira baixa no governo Jair Bolsonaro (PSL) em pouco mais de 100 dias.

O ministro é acusado de ameaçar de morte a deputada Alê Silva (PSL-MG) devido à denúncia que ela fez de candidaturas laranjas em Minas Gerais.

A parlamentar prestou depoimento espontâneo na Polícia Federal, em Brasília, quando requereu proteção policial.

“Todo meu apoio à Deputada Federal Alê Silva. E agora, Presidente? O Ministro do Turismo fica? A Deputada Federal eleita também estaria mentindo? Exijo a demissão do Ministro! Não tem que esperar conclusão de inquérito nenhum!”, solidarizou-se a deputada estadual Janaina Paschoal (PSL-SP).

A gravíssima denúncia da parlamentar mineira contra o ministro dificulta sua permanência no governo Bolsonaro. Ele entrou de vez na marca do pênalti e talvez seja chutado já na semana que vem.

Em 100 dias de governo, o capitão “perdeu” dois combatentes: 1- Gustavo Bebianno (ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República) e Ricardo Vélez Rodríguez (ministro da Educação).

DEPUTADA DIZ TER SIDO AMEAÇADA DE MORTE PELO MINISTRO DO TURISMO

DEPUTADA DIZ TER SIDO AMEAÇADA DE MORTE PELO MINISTRO DO TURISMO

Estado de Minas

Alê Silva (PSL-MG) prestou depoimento à Polícia Federal sobre esquema de candidaturas laranjas, que seria comandado por ministro Marcelo Álvaro Antônio

A deputada federal Alê Silva (PSL-MG) afirmou que o ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio, presidente da legenda de Jair Bolsonaro em Minas, comandou esquema de candidaturas laranjas nas eleições de 2018. Em entrevista à Folha de S. Paulo, ela disse que o político a ameaçou de morte, informação que recebeu de correligionários.

A deputada prestou depoimento espontaneamente à Polícia Federal, em Brasília, na última quarta-feira, e comentou o assunto neste sábado em sua página do Facebook:

“Ao iniciar minha vida pública, eu prometi que combateria a corrupção. Então, jamais poderia me calar diante de um foco de corrupção tão próximo de mim. Mesmo que o tal espaço tivesse sido dado para mim, podem ter certeza que a minha postura não teria sido diferente”, escreveu.

A advogada Alê Silva está em seu primeiro mandato e foi eleita com 48 mil votos. Moradora de Coronel Fabriciano, ela representa a população do Vale do Aço mineiro. Natural de Petrópolis (RJ), a deputada foi eleita com a proposta de “dar um basta na corrupção”. Embora filiada ao PSL, ela se considera uma pessoa apartidária.

A reportagem ligou para o celular do ministro Marcelo Álvaro Antônio, sem sucesso. O espaço está aberto para a manifestação dele.

MOURÃO É INTERNADO E HÁ SUSPEITAS DE INFARTO

De acordo com o jornalista Orlando Pontes, do site Brasília Capital, o vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, está internado no Hospital das Forças Armadas com suspeita de infarto.

“Oficialmente, a informação é de que ele teria sido atendido na ortopedia para fazer uma punção. Mas o Brasília Capital tem informações de que ele foi encaminhado à cardiologia com suspeita de ter sofrido um infarto”, diz ele.

De acordo com o jornal Correio Braziliense, no entanto, Mourão teria ido fazer “uma punção no cotovelo direito, foi liberado logo em seguida e já está em casa”. Pessoas próximas ao vice disseram ao jornal que não foi nada grave e reforçaram que ele não estava mais internado.

PRÉDIOS QUE DESABARAM NO RJ ERAM CONTROLADOS POR MILÍCIA LIGADA A FLÁVIO BOLSONARO E QUEIROZ

O bairro onde ocorreu o desabamento de dois prédios na manhã desta sexta-feira (12) é área de atuação da milícia comandada, segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro, pelo ex-policial militar Adriano da Nóbrega.

Foragido há quase três meses, ele foi companheiro no 18o Batalhão da PM de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) sob investigação do MP-RJ, e tinha a mãe e a mulher nomeadas no gabinete do senador quando este exercia mandato na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro).

Adriano também foi homenageado por Flávio na Alerj com a Medalha Tiradentes e defendido pelo presidente Jair Bolsonaro em discurso na Câmara quando foi condenado por homicídio —caso no qual foi absolvido um ano e três meses depois.

O ex-PM é acusado de comandar a milícia das comunidades de Rio das Pedras e Muzema, local onde houve o acidente com duas mortes. As investigações do MP-RJ apontam que ele tinha liderança também na exploração de construções irregulares da região.

A Prefeitura do Rio de Janeiro afirma que o grupo paramilitar dificulta a atuação de fiscais do município na região. Segundo a gestão Marcelo Crivella (PRB), os dois imóveis que desabaram são irregulares.

Segundo o Corpo de Bombeiros, ao menos quatro pessoas morreram —dois homens, uma criança e um adolescente. Cláudio José de Oliveira Rodrigues, 39, foi a única vítima com a identidade confirmada até o início da noite desta sexta. De acordo com a corporação, outras nove pessoas ficaram feridas e há 13 desaparecidos.

Por volta das 11h , dois homens chegaram ao hospital Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, a bordo de uma ambulância enlameada: Raimundo Nonato, 41, com escoriações na cabeça, e Luciano Paulo, 38, com escoriações múltiplas. Milícias como a da Muzema costumam ser as responsáveis ou protegem a construção de prédios sem licença dos órgãos públicos. Os novos moradores e comerciantes que ocupam esses edifícios passam a ser nova fonte de renda das quadrilhas.

“A região é uma Área de Proteção Ambiental (APA) e os prédios ali construídos não respeitam a legislação em vigor. Por se tratar de área dominada por milícia, os técnicos da fiscalização municipal necessitam de apoio da Polícia Militar para realizar operações no local. Foi o que aconteceu em novembro de 2018, quando várias construções irregulares foram interditadas e embargadas pela prefeitura”, afirmou a gestão municipal em nota.

De acordo com a legislação em vigor, a região só poderia ter casas para uma família, e não prédio com diversas unidades.

“Na Muzema, as construções não obedecem aos parâmetros de edificações estabelecidos, como afastamento frontal, gabarito, ocupação, número de unidades e de vagas”, diz a prefeitura em nota.

Denúncia do Ministério Público afirma que Adriano, junto com Maurício da Costa, tinha liderança na exploração dos negócios imobiliários da quadrilha em Rio das Pedras, Muzema, e áreas adjacentes.

Em telefonema gravado com autorização da Justiça, Manoel Batista, espécie de administrador da milícia, aponta a ascendência de Adriano no setor.

“Eu tenho oito apartamentos naquele prédio. O resto é tudo do Adriano e do Maurício, entendeu”, afirmou Manoel a um interlocutor.

Em outro diálogo, Adriano é chamado de “patrãozão”.

Outro líder na exploração da construção civil na região é o major Ronald Paulo Alves Pereira, preso na mesma operação. Policiais encontraram em sua casa tabelas contábeis —com referências a Adriano—, plantas de imóveis e documentação de loteamento de terrenos.

A prefeitura afirmou, em nota, que desde 2005 faz autuações a fim de impedir o crescimento irregular da comunidade. Foram 17 autos de infração desde aquele ano até o momento na região.

Adriano foi expulso da PM em janeiro de 2014 sob acusação de fazer parte da escolta de bicheiro no Rio de Janeiro. Foi o fim de uma carreira militar atribulada, com três prisões por diferentes acusações.

Entre 2007 e 2018, a mãe e a mulher do ex-capitão estiveram nomeadas no gabinete de Flávio Bolsonaro. O senador afirmou que o responsável pela contratação delas foi Fabrício Queiroz, que assumiu o fato.

Queiroz é o ex-assessor do senador investigado por lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio. Ele se tornou alvo do MP-RJ após o Coaf (Conselho de Controle das Atividades Financeiras) identificar uma movimentação suspeita de R$ 1,2 milhão em sua conta bancária entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017.

Entre as pessoas identificadas como depositantes estão Raimunda Veras Magalhães e Danielle da Nóbrega, mãe e mulher do ex-capitão, respectivamente.

Queiroz é policial militar aposentado e amigo há mais de 30 anos do presidente Jair Bolsonaro, que o indicou para a vaga no gabinete do filho.

Que fizeram uma escolha errada ao o colocarem no Planalto.

O presidente do instituto Vox Populi, Marcos Coimbra, em entrevista à TV 247, afirmou que a base social de Bolsonaro está diminuindo e que os eleitores que ainda o apoiam não querem admitir que fizeram uma escolha errada ao o colocarem no Planalto

O presidente do instituto Vox Populi, Marcos Coimbra, que realiza pesquisas de mercado, afirmou que com base na última pesquisa encomendada pela CUT e divulgada na última semana, o número de apoiadores do governo tem diminuído.

Para Coimbra os eleitores de Bolsonaro estão se afastando por conta da má atuação do presidente e aliados. “O problema do Bolsonaro não é só que ele dramatiza a opinião de quem já não gostava dele, o que ele está fazendo, e a turma em torno dele faz, é afastar uma parte maior da sociedade, e nessa altura ele já está cortando sua própria base social e apoio na opinião pública”.

Ele assegurou que esses primeiros 100 dias de governo são os piores que se poderia imaginar. “O que a opinião pública brasileira está mostrando é que não aprova o Bolsonaro, não aprova o bolsonarismo, ou seja, a turma que está em torno dele, e duvida, com intensidade cada vez maior, da agenda que ele tem a propor ao país. Se a gente achar que podia haver um resultado pior para esses primeiros cem dias eu não consigo imaginar qual seria”.

Segundo a pesquisa do Vox Populi, Haddad e Bolsonaro empatariam se o segundo turno das eleições fosse hoje. Para o presidente do instituto, isso se deve ao antipetismo e a negação dos eleitores de Bolsonaro de que fizeram a escolha errada. “O bolsonarismo é uma doença política e as pessoas que estão acometidas por essa doença não querem se tratar, a começar pelo chefe. Acham que o jeito de reagir às críticas é dando risada e pisando no acelerador nessa cada vez mais intensa redução de seu apoio social. Existe uma parcela do eleitorado que exita em mudar de opinião quase como se não aceitasse que errou, sabe que errou mas não quer admitir. Sabe que errou porque na hora em que você pergunta as coisas relativas ao governo ele mostra que está muito insatisfeito, mas ele continua dizendo ‘não vou admitir que pisei na bola e que errei no primeiro e/ou no segundo turno'”.

O antipetismo ainda mantém o mínimo de base social de apoio ao presidente, de acordo com Marcos Coimbra. “Esse resultado mostra que apesar desse intenso desgaste inicial do Bolsonaro, apesar dessa baixa expectativa de que ele vá dar certo como governante ainda existe uma coisa chamada antipetismo. Esse antipetismo é o que sustenta não a imagem do Bolsonaro, mas sustenta, na comparação com o candidato do PT, a mesma parte do eleitorado que votou nele em outubro passado e diz que votaria nele de novo”.

A pesquisa também mostrou que 65% da população rejeita a tão sonhada por Bolsonaro reforma da Previdência. Quando você detalha os diferentes tópicos da reforma como a pesquisa procurou fazer você vê que ainda que a ideia em si, de fazer uma reforma, tem esse apoio de perto de 30%, essa proporção cai significativamente quando você começa a falar concretamente. Se essa é a única tábua de salvação que o governo Bolsonaro tem, ele precisa ter consciência de que chega a 85% da opinião pública a rejeição à medidas concretas que a economia está discutindo”, comentou o presidente da Vox Populi.

ESTUDANTE DE 20 ANOS MORRE ELETROCUTADA EM FESTA NO RIO DE JANEIRO

A estudante de odontologia Maria Fernanda Ferreira de Lima, de 20 anos, morreu após receber uma descarga elétrica durante uma festa particular no Terreirão do Samba, no centro do Rio de Janeiro. de acordo com amigos de Maria Fernanda, o choque ocorreu por volta das 4 horas deste domingo (14/4), quando ela encostou, sem querer, em uma barra de ferro energizada localizada atrás do palco. Maria Fernanda desmaiou e chegou a ser levada com vida para o hospital municipal Souza Aguiar, também no centro da capital fluminense, as morreu depois de quatro paradas cardíacas.

De acordo com informações da Secretaria Municipal de Saúde, ao chegar ao hospital, a jovem já estava em um quadro de parada cardiorrespiratória.

Os organizadores do evento postaram uma nota nas redes sociais lamentando a morte e informando sobre os procedimentos adotados logo após ela ser atingida.

“Infelizmente nessa noite, por volta das 4h, fomos informados pelos nossos brigadistas de incêndio de que havia acontecido um incidente. Logo após, nossos médicos decidiram que o melhor a se fazer era encaminhá-la ao hospital. Repassamos essa informação para o Terreirão do Samba e decidimos, a partir desta ocasião, encerrar o evento. Nós zelamos muito pela integridade de cada pessoa que escolhe ir a Puff Puff Bass e, no momento, o melhor a se fazer para preservar cada um de vocês foi encerrar o evento um pouquinho mais cedo”, destacou a organização da festa, em postagem no Facebook. A Polícia Civil instaurou inquérito para investigar a morte. O responsável pelo evento e pelo Terreirão já foram ouvidos e a delegada está aguardando a chegada do laudo técnico.

BOLSONARO COMETE CRIME DE RESPONSABILIDADE AO BARRAR AÇÃO DO IBAMA CONTRA ROUBO DE MADEIRA E JÁ PODE SOFRER IMPEACHMENT

Jair Bolsonaro desautorizou uma operação em andamento do Ibama contra roubo de madeira dentro da Floresta Nacional (Flona) do Jamari, em Rondônia. Ele cometeu crime de responsabilidade previsto no artigo inciso 6 do 9º da Lei 1.079, que trata do assunto, ao coagir e ameaçar os funcionários do Ibama para que procedam ilegalmente. Foi numa gravação que viralizou neste sábado (13), feita pelo senador Marcos Rogério (DEM-RO), durante viagem de ambos a Macapá (AP). Ao lado de Bolsonaro, ele afirma que “o pessoal do meio ambiente, do Ibama” está “queimando caminhões, tratores” nos municípios de Cujubim, onde fica a Flona do Jamari, e de Espigão d’Oeste.

Bolsonaro afirmou a seguir: “Ontem, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, me veiofalar comigo com essa informação. Ele já mandou abrir um processo administrativo para a apurar o responsável disso aí. Não é pra queimar nada, maquinário, trator, seja o que for, não é esse procedimento, não é essa a nossa orientação”..

Segundo o jornalista Fabiano Maisonnave, da Folha de S. Paulo, “desde a semana passada, agentes do Ibama queimaram caminhões e tratores dentro da Flona do Jamari. A decisão de destruir o veículo foi tomada devido às más condições dos veículos e à localização remota. A avaliação foi de que haveria riscos para a segurança dos agentes, dos policiais e dos próprios criminosos”.

Ao contrário do que afirmaram Bolsonaro e o senador Rogério, a legislação permite a destruição de equipamentos e veículos apreendidos durante fiscalização ambiental, por meio do artigo 111 do decreto 6.514, de 2008: “Os (…) instrumentos utilizados na prática da infração poderão ser destruídos ou inutilizados quando:a medida for necessária para evitar o seu uso e aproveitamento indevidos nas situações em que o transporte e a guarda forem inviáveis em face das circunstâncias; ou possam expor o meio ambiente a riscos significativos ou comprometer a segurança da população e dos agentes públicos envolvidos na fiscalização”.

A destruição de equipamentos apreendidos só ocorre em cerca de 2% das operações do Ibama. Geralmente, o recurso é utilizado em áreas protegidas da Amazônia, onde não há logística disponível para a retirada do material apreendido —o transporte de um escavadeira de um garimpo ilegal, por exemplo, pode levar algumas semanas.

Nenhum proprietário de equipamento destruído entrou na Justiça contra o Ibama desde que o órgão ambiental passou a destruir equipamentos de madeireiros, garimpeiros e outros infratores ambientais, há dez anos.