PARA NOS TIRAR DO GOVERNO, RASGARAM A CONSTITUIÇÃO, ABALARAM AS INSTITUIÇÕES E QUEM SOFRE É O POVO, DIZ PT

PARA NOS TIRAR DO GOVERNO, RASGARAM A CONSTITUIÇÃO, ABALARAM AS INSTITUIÇÕES E QUEM SOFRE É O POVO, DIZ PT

Manifesto assinado pelo ex-presidente Lula, a presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), e líderes do partido destaca o fato de que a crise institucional atual é resultado do golpismo praticado contra a presidente Dilma Rousseff; “Para tirar o PT do governo, classes dominantes atacaram a democracia, abalaram as instituições e quem sofre é o povo”, afirma um trecho.

247 – Em manifesto assinado pelo ex-presidente Lula, a presidente nacional do partido, a deputada Gleisi Hoffmann, e pelos líderes da sigla no Congresso Nacional deputado Paulo Pimenta e senador Humberto Costa, o PT lançou manifesto em que aponta que a crise política e institucional que o país enfrenta é resultado do golpe que desrespeitou a Constituição e o Estado Democrático de direito.

“A anarquia institucional em que vive o país não é obra exclusiva de Jair Bolsonaro, embora ele tenha muito contribuído para isso por seu desapreço à democracia. A situação que vivemos é a consequência inevitável dos pequenos e grandes atentados à lei e à democracia que foram tolerados ou incentivados em nome de um combate à corrupção que, na verdade, era uma fracassada campanha de extinção do PT”, diz um trecho do documento.

Confira a íntegra do manifesto:

“Seis meses depois de um processo eleitoral absolutamente fora da normalidade, no qual foi arbitrariamente excluído o candidato a presidente da maioria da população e foi interditado o debate de propostas, o Brasil vive hoje uma gravíssima crise política e institucional.

A relação harmônica entre os Poderes, estabelecida pela Constituição, cede espaço a golpes de força e à anarquia institucional, em meio a uma escalada de autoritarismo, reafirmada na quarta-feira (17) pela convocação da Força de Segurança Nacional a Brasília para reprimir legítimas manifestações dos povos indígenas em defesa de seus direitos ameaçados.

O Brasil está regredindo a um passado de repressão, censura e intolerância; aos tempos em que o Estado, a serviço das classes dominantes, negava as liberdades ao invés de garanti-las. As divergências políticas, corporativas e até pessoais em que se envolvem os chefes do Executivo, do Legislativo, do Judiciário e do Ministério Público ocorrem sob a interferência e até sob a tutela de chefes reacionários das Forças Armadas, o que é inadmissível na democracia.

Hoje não restam dúvidas de que na raiz dessa grande crise está o movimento golpista que levou ao impeachment sem crime de responsabilidade da presidenta Dilma Rousseff, em 2016, e à condenação, igualmente sem crime, do ex-presidente Lula, para impedir que ele fosse eleito mais uma vez pela maioria da população em 2018. Derrotados nas urnas, pela quarta vez consecutiva, golpistas atacaram a democracia, reconstruída em anos de luta, com sacrifício de muitas vidas.

Os mesmos setores que hoje se dizem afrontados, seja pela Lava Jato, seja pelo STF, seja por coerções do Ministério Público ou da Polícia Federal, foram cúmplices, coniventes, omissos ou pusilânimes quando agentes do estado afrontaram o mandato legítimo da presidenta Dilma, os direitos e a liberdade do presidente Lula, praticando agressões e vazamentos na imprensa de mentiras contra o PT, seus dirigentes e até familiares de Lula.

Para tirar o PT do governo, a Constituição foi rasgada à luz do dia, rompendo o pacto nacional de 1988 que deu fim à ditadura e restaurou a democracia. Para condenar Lula, a imprensa e as instituições sustentaram uma farsa judicial que não convence mais ninguém e é rejeitada pelos mais renomados juristas do Brasil e do mundo. Para impedir sua candidatura, ignoraram a lei, a jurisprudência eleitoral e uma decisão da ONU que reconhecia seus direitos políticos.

Quem paga o preço por esta sucessão de golpes é o Brasil, desordenado internamente e desmoralizado internacionalmente; e o nosso povo, que sustentou no processo democrático a conquista de direitos e oportunidades negados ao longo de séculos.

Para atingir o PT, o mecanismo da Lava Jato foi movimentado a toque de arbitrariedades – como os grampos ilegais e a condução coercitiva de Lula – e negociações tenebrosas com bandidos que mentiram em troca de dinheiro e redução de penas. Isso foi escancarado pela recente revelação de que executivos da OAS receberam milhões para mentir contra Lula e o PT.

A parcialidade de Sérgio Moro tornou-se indisfarçável quando o ex-juiz virou ministro do governo que ajudou a eleger por ter condenado Lula sem provas. A promiscuidade da Lava Jato com interesses econômicos e geopolíticos dos Estados Unidos ficou provada no acordo, até outro dia secreto, em que entregaram delações e falsas provas contra nossa estatal à Justiça de lá, em troca de R$ 2,5 bilhões para proveito pessoal e político dos procuradores.

A anarquia institucional em que vive o país não é obra exclusiva de Jair Bolsonaro, embora ele tenha muito contribuído para isso por seu desapreço à democracia. A situação que vivemos é a consequência inevitável dos pequenos e grandes atentados à lei e à democracia que foram tolerados ou incentivados em nome de um combate à corrupção que, na verdade, era uma fracassada campanha de extinção do PT.

A história tem muitos exemplos da tragédia em que vivemos, no Brasil em outros países em que, em determinados momentos, o estado de direito foi subjugado pela perseguição política sob qualquer pretexto. Foi assim com o Terror na França, com a ascensão do fascismo na Itália, do nazismo na Alemanha, do macarthismo nos Estados Unidos, das ditaduras na América Latina. Muitos dos que hoje lamentam a crise institucional são responsáveis por tê-la criado. Chocaram o ovo desta serpente.

O PT nasceu há quase 40 anos para defender os direitos do povo e a plenitude da democracia, atuando sempre dentro da lei, seja nas instituições políticas, nos movimentos sociais, nas fábricas, nas escolas ou nas ruas. Não há partido político no Brasil com uma trajetória – na oposição ou no governo – que lhe confira mais autoridade para reivindicar a defesa da democracia e da normalidade institucional.

Nosso partido entende, claramente, que as instituições devem investigar, julgar e punir, estritamente dentro da lei, aqueles que espalham falsas notícias, os agentes do Estado que vazam ilegalmente informações sigilosas, falsas ou não confirmadas, para destruir reputações e praticar chantagens.

Ao longo da campanha de desmoralização de Lula e do PT por meio da mídia, que foi sistemática nos últimos cinco anos, apelamos à Justiça pelo direito de resposta e pela punição dos responsáveis. Jamais fomos atendidos. Nem mesmo quando o vazamento do grampo ilegal de conversa entre os ex-presidentes Lula e Dilma tinha o timbre oficial do então juiz Sergio Moro, que até hoje não respondeu por este crime cometido há mais de três anos.

Neste momento em que tantas vozes se levantam contra a censura a uma revista eletrônica que nunca primou pela credibilidade nem pela isenção editorial, é de se lembrar que, também por decisão monocrática de ministro do STF, o presidente Lula encontra-se proibido de dar entrevistas desde setembro do ano passado. Onde estavam essas vozes quando o maior líder político do país foi violentamente censurado?

Onde estavam quando jornalistas independentes, como Luís Nassif, Marcelo Auler, Renato Rovai e outros, foram perseguidos e condenados por divulgar denúncias sérias contra agentes do estado? Onde estavam quando a Veja publicou uma capa falsa, acusando Lula e Dilma a três dias da eleição de 2014? Quando a Folha de S. Paulo revelou a indústria de mentiras de Bolsonaro paga por caixa 2 até de estrangeiros às vésperas da eleição?

O PT nunca defendeu, nunca praticou e jamais defenderá a censura, nem mesmo contra nossos mais mentirosos detratores. Mas temos claro que, para restabelecer o estado de direito e a democracia, é fundamental a investigação, julgamento e punição, rigorosamente dentro da lei, dos agentes do estado que a estupram sob qualquer pretexto – a suposta intenção de fazer justiça ou a criminosa chantagem.

Se nos últimos anos as instituições tivessem defendido a lei simplesmente, sem temores pessoais nem condicionamentos políticos, as forças do arbítrio e da violência não teriam chegado onde chegaram. Ninguém duvida que seus crimes serão cobrados pela História, mas os seus erros já estão sendo cobrados no presente, pelo caos em que lançaram o país e pelo sofrimento do nosso povo.

Os donos da fortuna, os rentistas, latifundiários, representantes de interesses estrangeiros; os reacionários, preconceituosos e fundamentalistas que disseminam o ódio, a intolerância e o autoritarismo são os responsáveis por mais essa tragédia nacional.

O objetivo deles sempre foi claro: entregar a soberania nacional, nossas riquezas e potencialidades; destruir nossa capacidade de desenvolvimento autônomo; revogar as conquistas do povo, dos trabalhadores e da cidadania; acabar com a aposentadoria e os direitos dos idosos, trabalhadores do campo e das cidades; devolver o controle absoluto do Estado às classes dominantes, formadas em três séculos de escravagismo que fizeram do Brasil uma das sociedades mais injustas e desiguais do mundo.

O PT está pronto para reconstruir, junto com o povo e com todas as forças democráticas, um Brasil melhor e mais justo, como vínhamos fazendo desde a redemocratização e especialmente a partir do governo Lula em 2003. Nossa gente já mostrou que é capaz de superar grandes crises. E a história comprova que isso só é possível quando há liberdade política e democracia plena.

Luiz Inácio Lula da Silva, presidente de honra do PT
Gleisi Hoffmann, presidenta nacional do PT
Paulo Pimenta, líder do PT na Câmara dos Deputados
Humberto Costa, líder do PT no Senado Federal/’

 

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FALTOU BOM SENSO, DIZ MOURÃO SOBRE DECISÃO DO STF QUE CENSUROU SITES

FALTOU BOM SENSO, DIZ MOURÃO SOBRE DECISÃO DO STF QUE CENSUROU SITES

Vice-presidente Hamilton Mourão chamou de censura a decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes que determinou que a revista Crusoé e o site O Antagonista retirassem do ar reportagens que citavam o presidente da Corte, Dias Toffoli e afirmou que faltou “bom senso” ao Judiciário; “Não quero tecer críticas ao Judiciário. Cada um sabe onde aperta os seus calos. Espero que se chegue a uma solução de bom senso nisso aí. Acho que o bom senso não está prevalecendo”, afirmou

247 – O vice-presidente Hamilton Mourão chamou de censura a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes que determinou que a revista Crusoé e o site O Antagonista retirassem do ar reportagens que citavam o presidente da Corte, Dias Toffoli. “Eu já declarei que considero que foi um ato de censura isso aí”, disse.

“Não quero tecer críticas ao Judiciário. Cada um sabe onde aperta os seus calos. Espero que se chegue a uma solução de bom senso nisso aí. Acho que o bom senso não está prevalecendo”, completou. Para Mourão, como a decisão foi tomada pelo próprio STF, “compete ao Judiciário chegar a um final melhor disso aí tudo”.

 

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GURU DE BOLSONARO, OLAVO ESTIMULA IMPEACHMENT DO VICE MOURÃO

GURU DE BOLSONARO, OLAVO ESTIMULA IMPEACHMENT DO VICE MOURÃO

O guru do presidente Jair Bolsonaro, o astrólogo Olavo de Carvalho, está por trás da iniciativa do deputado evangélico Marco Feliciano (Pode-SP) de apresentar um pedido de impeachment contra o vice-presidente, general da reserva Hamilton Mourão; Carvalho considera que Bolsonaro não está conseguindo governar e é necessário fazer o possível para blindá-lo.

247 – O guru do presidente Jair Bolsonaro, o astrólogo Olavo de Carvalho, está por trás da iniciativa do deputado evangélico Marco Feliciano (Pode-SP) de apresentar um pedido de impeachment contra o vice-presidente, general da reserva Hamilton Mourão.

A informação é da jornalista Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo. “Os dois estiveram juntos há pouco tempo nos EUA”, informa .

Em sua coluna, Mônica Bergamo reproduz declaração do deputado evangélico: “Eu disse que estava pensando em apresentar o pedido e ele falou: ‘Faça o que for possível para blindar o presidente. Ele não está conseguindo governar'”.

“Feliciano diz que pediu um impeachment porque, no entendimento dele, Mourão está conspirando contra Bolsonaro. Ele diz que a iniciativa é apenas um recado: ‘Não é um tiro para matar. É um tiro para o alto’.

 

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GLEISI ENCARA BOLSONARO: CHEGA DE AMEAÇAS

GLEISI ENCARA BOLSONARO: CHEGA DE AMEAÇAS

Para a presidente do nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), o discurso do governo Jair Bolsonaro é o mesmo feito por Michel Temer para aprovar a Reforma Trabalhista em que afirmava que o desemprego iria explodir, caso a proposta não fosse aprovada; “Desemprego explodiu depois da Trabalhista e o Brasil está na lona por culpa dessa turma. Chega de ameaças, não convencem”, rebateu Gleisi.

247 – A presidente do nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), repudiou o que chamou ‘ameaças’ feitas pelo governo Jair Bolsonaro em sua campanha para aprovar a reforma da Previdência.

“Discurso do governo Bolsonaro nas redes é o mesmo feito por Temer para aprovar a Reforma Trabalhista: desemprego vai explodir. Na previdência o Brasil vai quebrar! Desemprego explodiu depois da Trabalhista e o Brasil está na lona por culpa dessa turma. Chega de ameaças, não convencem”, escreveu a deputada em sua página no Twitter.

A reforma da Previdência tramita na Câmara dos Deputados com dificuldade para o governo aprovar. A Comissão de Constituição e Justiça adiou a votação do relatório, empurrando para semana que vem o que representou uma derrota para os planos do governo que queria acelerar a aprovação.

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BOLSONARO É O PAVIO DA EXPLOSÃO SOCIAL

BOLSONADA É O PAVIO DA EXPLOSÃO SOCIAL

Por Ricardo Melo, do Jornalistas pela Democracia

É no mínimo perigoso subestimar a crise institucional aberta com as ações ditatoriais do Supremo Tribunal Federal. A sensação generalizada é a de que o Brasil não tem governo digno desse nome.

A famiglia Bolsonada já provou, em atos e fatos, não ter condições de gerir uma quitanda, quanto mais uma das maiores economias do mundo. É uma sucessão de ordens e desordens.

Aumenta o diesel, abaixa o diesel, sobe de novo. Gasolina agora tem que ser comprada em doses, não em litros, tal o preço do combustível. A política externa é um roteiro de trevas vexatório sob o comando de um desmiolado. Nem fósseis ou garçons de restaurantes de Nova York querem em suas cercanias gente como Bolsonada, um homofóbico, racista, apologista de torturas, eliminação de pobres, complacente até com o holocausto. Se decidir ir aos EUA para receber afagos de lobbystas, é bom que leve sua marmita de pão com leite moça sob o risco de passar fome.

O estratégico ministério da Educação virou palco de rinha de galos. Chegou-se ao ponto de nomear um delegado de trânsito para cuidar do ENEM. O meio ambiente está entregue a um espertalhão acusado de falsificar mapas para favorecer achacadores. A política indígena visa exterminar povos e territórios em favor do capital abutre. O ministro do Turismo é um laranjal ambulante.

No Congresso, uma derrota atrás da outra. A bancada de extrema-direita do PSL, partido de Bolsonada, funciona como uma torre de Babel. A tal reforma da previdência afunda a olhos vistos. O “posto Ipiranga”, tchutchuca Paulo Guedes, colhe sucessivas derrotas. Virou um bobo da corte, embora não se importe muito com isso. Está com o cofre particular empanturrado graças a negociatas com fundos de pensão e outras tramoias.

Aí voltamos à área institucional. Sérgio Criminoso Moro baixou decreto para blindar a esplanada dos ministérios de protestos populares. O ex-juizeco nada fala de importante sobre os 20 mortos em prédios de celofane construídos por milicianos idolatrados pela famigilia Bolsonada ou o fuzilamento covarde de uma família com 80 tiros. Moro prefere brigar com a língua portuguesa em entrevistas tão patéticas quanto inúteis a investigar a fundo Fabrício Queiroz, braço direito da famiglia Bolsonada. Aliás, por onde ele anda?

Simultaneamente, assiste-se à reação ditatorial do Supremo diante de reportagens até inocentes envolvendo o nome do presidente do STF José Toffoli. Auto investidos no papel de delegados, promotores e julgadores, a dupla Toffoli/Moraes decidiu que o supreminho não pode ser criticado. Nem a inquisição reuniu tantos poderes.

Na origem do caos institucional está o golpe de 2016, quando uma quartelada midiática-executiva-militar-judiciária, financiada pelo grande capital, derrubou uma presidente legitimamente eleita e jogou a Constituição no lixo como um jornal do dia anterior. Na sequência, encarceraram o maior líder da história popular brasileira com base num processo reprovado mundialmente. O ovo desta serpente produziu Bolsonada.

Há mais, porém. O ministério público brasileiro está dominado em sua maioria por uma casta de coxinhas ineptos que “se acham”. Indigentes intelectuais. Pense bem: em que país civilizado gente como Dalanhol poderia ter algum protagonismo? Como um power point como aquele transmitido ao vivo em rede nacional poderia ser levado a sério?

Hoje vemos coisas ainda mais escandalosas. Toffoli, encharcado de brilhantina, nega ter havido ditadura militar e posa como devoto de igrejas evangélicas num país laico, como se estivesse diante de jesus pendurado num pé de goiaba citado por aquela ministra.

Pior: a reação a supostas fake news de meia dúzia de extremistas inexpressivos detona uma operação de guerra do STF. Pergunta: e a máquina de mentiras, comprovada em documentos nas reportagens irrefutáveis da jornalista Patrícia Campos Mello, esquema que caluniou Lula, Haddad e ajudou a eleger Bolsonada de modo fraudulento? Cadê o processo? Que medidas foram tomadas? Madame Raquel Dodge com a palavra. Mas só se ouve o silêncio neste caso.

O supreminho virou motivo de chacota. Com escassas exceções, é um clube de amigos interessado em defender a si próprio e seus privilégios, não a Constituição, o direito básico e interesses do povo brasileiro. Em vez de zelar pela liberdade de manifestação e expressão, dedica-se agora à censura e à atividade policial. Ninguém de bom senso e de convicções democráticas quer fechar o tribunal –tirando um rebotalho de aloprados–, mas sim restaurar pelas vias legais seu papel de Supremo com S maiúsculo, capaz de honrar a memória de personalidade como Evandro Lins e Silva, Paulo Brossard e tantos outros.

O objetivo maior dos poderosos de plantão é conhecido de todos: manter Lula na cadeia para impedir que a ira popular tenha um ponto de referência para lutar contra o desmonte do Brasil como país soberano. Não fosse assim, por que o engomado Toffoli, tão irritado e veloz contra uma citação verdadeira num processo, ressuscitou a censura e adiou para nunca o julgamento sobre prisões ilegais em segunda instância? Desde 2016, vale tudo para desviar a pauta do assunto que interessa.

O futuro é incerto. A verdade é que o Brasil está à deriva, sangrando com 40 milhões de desempregados de fato, milhões de famílias relançadas à miséria, economia no chão sem horizonte de melhora e sob o comando subserviente do imperialismo americano em crise. Uma explosão social é questão de tempo. Podem assinar embaixo e me cobrar depois.

 

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REVELA ORIGEM DE POVO QUE CONSTRUIU STONEHENGE

Nova pesquisa revelou que os ancestrais dos britânicos que construíram o monumento de Stonehenge eram agricultores vindos de uma área próxima à Turquia moderna, chegando por volta de 4000 aC. Stonehenge foi construído por volta de 3000 aC. Segundo o estudo, esse povo rapidamente substituiu as populações locais de caçadores-coletores. A equipe examinou o DNA de 47 esqueletos de agricultores neolíticos que datam de 6.000 a 4.500 anos atrás e seis esqueletos de caçadores-coletores mesolíticos do período anterior, cerca de 11.600 – 6.000 anos atrás.
As evidências encontradas mostram que a agricultura foi introduzida na Grã-Bretanha por esses migrantes vindos da Anatólia, nome dado a toda península onde hoje está a Turquia. Eles trouxeram técnicas agrícolas, cerâmicas e novas culturas e crenças religiosas.  A partir da análise de DNA, os pesquisadores descobriram que a maior parte da população de caçadores-coletores da Grã-Bretanha foi substituída por esse novo povo.

“Assim que essas culturas neolíticas começam a chegar, vemos uma grande mudança na ancestralidade da população britânica. Parece que o desenvolvimento da agricultura e essas culturas neolíticas foram impulsionadas principalmente pela migração de pessoas da Europa continental”, disse Tom Booth, pesquisador de pós-doutorado do Museu de História Natural, ao jornal ‘Independent”.
A transição para a agricultura marca uma das inovações tecnológicas mais importantes na evolução humana. Ela apareceu pela primeira vez na Grã-Bretanha em torno de 6000 anos atrás. Antes disso, as pessoas sobreviviam da caça, pesca e coleta. Por mais de 100 anos os arqueólogos debateram se a agricultura foi trazido para a Grã-Bretanha por agricultores continentais imigrantes, ou se foi adotada por caçadores-coletores locais.

Bolsonaro aumenta Diesel em 5,1% e trai caminhoneiros; o bicho vai pegar

A Petrobras anunciou na noite desta quarta-feira (17) um reajuste de R$ 0,10 no litro do diesel, o que, segundo o CEO da companhia, Roberto Castello Branco, representa uma alta entre 4,5% e 5,1% no valor do combustível nas bombas, a depender do ponto de venda. Após anunciar um aumento de 5,7% no preço do diesel na última quinta-feira, a estatal voltou atrás no mesmo dia após o presidente Jair Bolsonaro ligar para o CEO da petrolífera, Roberto Castello Branco, e pedir a suspensão do reajuste. Na sexta, as ações da companhia desabaram 8%, levando a empresa a perder R$ 32,4 bilhões de valor de mercado. Já na última terça, ocorreu uma reunião entre Bolsonaro, ministros e o presidente da Petrobras. Após o encontro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o presidente pensou na dimensão política do reajuste quando ligou para o chefe da estatal. Além disso, o ministro afirmou que estão em estudo várias alternativas para dar mais transparência à política de reajuste de combustíveis da Petrobras, entre elas indexar o preço do frete ao valor do diesel. Ele citou que essa é a política utilizada nos Estados Unidos e disse que foram feitas “interrogações” à Petrobras durante a reunião com o presidente Jair Bolsonaro. “Tudo tem que ser estudado para o futuro, o presidente da Petrobras já estava estudando. Esse episódio precipita a aceleração de estudos”, ressaltou Guedes. “O próprio presidente da Petrobras está recalculando quais seriam as melhores praticas”.

PRIMEIRA MOLÉCULA DO UNIVERSO É DETECTADA NO ESPAÇO

No começo, mais de 13 bilhões de anos atrás, o Universo era uma sopa indiferenciada de três elementos simples, de átomo único. As estrelas só se formariam 100 milhões de anos depois.  Mas 100.000 anos após o Big Bang, surgiu a primeira molécula, um casamento improvável de hélio e hidrogênio, conhecido como íon hidro-hélio, ou HeH+. “Foi o começo da química”, disse David Neufeld, professor da Universidade John Hopkins e coautor de um estudo publicado nesta quarta-feira, que detalha como – depois de uma busca de décadas – os cientistas finalmente detectaram essa molécula elusiva no espaço. “A formação de HeH+ foi o primeiro passo em um caminho de complexidade crescente no Universo”, uma mudança tão importante como a da vida de célula única para a vida multicelular na Terra, disse à AFP. Modelos teóricos há muito tempo convenceram os astrofísicos de que o HeH+ veio primeiro, seguido – em uma ordem precisa – por um desfile de outras moléculas cada vez mais complexas e pesadas. O HeH+ também foi estudado em laboratório, já em 1925. Mas o HeH+ detectado em seu habitat natural permanecia além do alcance dos cientistas. “A falta de provas definitivas de sua própria existência no espaço interestelar tem sido um dilema para a astronomia por um longo tempo”, disse o autor principal, Rolf Gusten, cientista do Instituto Max Planck de Radioastronomia, em Bonn. Os pesquisadores sabiam onde procurar. Já na década de 1970, os modelos sugeriam que o HeH+ deveria existir em quantidades significativas nos gases brilhantes ejetados pela morte de estrelas semelhantes ao Sol, que criavam condições semelhantes às encontradas no Universo primordial. – Uma molécula frágil – O problema era que as ondas eletromagnéticas emitidas pela molécula estavam em um alcance – infravermelho distante – anulado pela atmosfera da Terra e, portanto, indetectável do solo.

SOBE PARA 20 O NÚMERO DE MORTOS EM DESABAMENTO DE PRÉDIOS NO RIO

Os bombeiros resgataram na manhã de hoje (18) o corpo de uma mulher dos escombros dos prédios que desabaram na comunidade da Muzema, na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro. Com isso, o número de mortos no desastre chega a 20 pessoas. Oito pessoas ficaram feridas.  O Corpo de Bombeiros busca por pelo menos três desaparecidos nos escombros. Os dois prédios desabaram na manhã de 12 de abril. Os edifícios não tinham autorização da prefeitura e tiveram suas obras embargadas em novembro do ano passado. A Polícia Civil investiga agora os responsáveis pela obra e pela venda dos imóveis.

APÓS BATEREM EM PROFESSORA, POLICIAIS HOMENS AMEAÇAM MÉDICO PARA NÃO REGISTRAR LESÕES

A professora de Sociologia Camila Marques, 34 anos, foi presa, algemada e teve o celular apreendido por policiais civis de Goiás na manhã desta segunda-feira (15), enquanto dava aulas no campus de Águas Lindas do IFG (Instituto Federal de Goiás). Segundo ela, os policiais teriam intimidado o médico que realizou o exame de corpo de delito para não apontar agressões praticadas por eles.

Marques aplicava uma atividade aos estudantes quando soube de uma movimentação estranha de policiais no instituto. Os policiais apontavam que estavam à procura de alunos suspeitos de planejar um ataque, conforme informa a Polícia Civil goiana. “Quando eu vi a truculência deles com meus alunos decidi filmar”, conta à Ponte Jornalismo. Os policiais tentaram impedi Camila, que também é coordenadora-geral do Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica), mas ela continuou filmando. “Eles disseram que a operação era sigilosa porque se tratava de menores, mas eu não filmava os meninos, apenas os policiais”, conta. A professora relata o que viveu em vídeo publicado nas redes sociais pelo Sinasefe. Ainda na instituição, a professora foi avisada de que seria levada à delegacia como testemunha da operação. Além dela, estavam sendo conduzidos uma aluna e dois alunos. “Os três são negros e têm, além de bom histórico na escola, militância estudantil”, salienta Marques. “Eu pedi para que chamassem os pais, apoio do IFG e Conselho Tutelar, mas eles disseram que iam levar primeiro à delegacia”, explica a professora. “Quando o policial me mandou entrar em uma viatura descaracterizada, pedi para consultar um advogado. Peguei o celular para ligar e eles o tomaram violentamente e me algemaram na frente dos meus alunos, na escola que dou aulas”, diz. “Ele foi tão agressivo que machucou minha mão ao tomar o celular. Enquanto eu questionava, eles mandavam eu calar a boca o tempo todo”, dizia. Algemada, a professora insistiu que queria falar com um advogado. “Na delegacia não me deixavam fazer ligações e repetiam que eu não mandava lá”, lembra. Segundo a professora, enquanto era atendida por um médico, os policiais influenciavam o tempo todo no diagnóstico. “Chegaram a gritar comigo lá dentro quando falei que tinha sido agredida”, conta. Em nota enviada à imprensa, a Polícia Civil de Goiás informa que a professora foi encaminhada à Delegacia de Polícia de Águas Lindas por “cometer o crime de desobediência”. “Na delegacia, foi autuada mediante TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência) e liberada em seguida. A autuação foi feita após ela ter filmado a abordagem dos policiais na escola, quando os investigadores apuravam uma denúncia, a pedido do próprio diretor, de que adolescentes planejavam um ataque nos moldes do ocorrido em Suzano (SP)”, sustenta a corporação. A professora, no entanto, considera a acusação “estranha”. “Acusam três alunos negros, de periferia, que participam de movimento estudantil. Isso é muito estranho”, pontua. Ainda segundo a nota da Polícia Civil, “a professora foi advertida por três vezes pelos policiais civis para que não filmasse a abordagem, uma vez que os adolescentes têm proteção à sua imagem, conforme o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), ordem que ela desobedeceu”, diz a polícia. Nada que incriminasse os estudantes foi encontrado pelos policiais em relação à denúncia de um possível ataque. O delegado Danilo Victor Nunes Souza nega que a professora tenha sido agredida por policiais civis. Ainda conforme nota da Polícia Civil, foi feito relatório médico e raio-x, que não constataram nenhuma lesão a ela. O médico que atendeu a professora, no entanto, lhe receitou um Flancox, remédio para dores musculares, conforme receita obtida pela Ponte. Quando saíram do hospital, segundo a professora, um dos policiais confiscou a receita. “Ele disse que só devolveria ao meu advogado”, explica.