MILÍCIA USA ESQUEMA DE CARTÓRIOS E ALVARÁS PARA TER PRÉDIOS IRREGULARES NO RIO

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Reportagem de Sérgio Ramalho no UOL informa que o Escritório do Crime, considerado a principal milícia do Rio de Janeiro, usa ao menos três pequenas construtoras e uma imobiliária para erguer e negociar imóveis ilegais em Rio das Pedras e na Muzema, comunidade na zona oeste do Rio onde dois edifícios ruíram, causando as mortes de 16 pessoas. Investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público estadual mostram que o grupo paramilitar usou laranjas como sócios nas empresas abertas por um contador que teria pago propina a um suposto funcionário da Prefeitura do Rio. De acordo com a publicação, a organização criminosa, ainda segundo a investigação, também usa artifícios para conseguir alvarás na prefeitura para o piso térreo dos imóveis, o que garante dificuldade ao poder público para posteriormente interditar o prédio irregular. A partir da constatação de que a milícia usa empresas para lavar dinheiro de crimes como extorsão, receptação de carga roubada (inclusive material de construção), agiotagem e cobrança de taxas de proteção, os promotores abriram um inquérito para apurar o suposto envolvimento de servidores municipais no esquema criminoso.