POR DANIELA KRESCH
Um advogado israelense especializado em Direitos Humanos enviou uma carta ao Museu do Holocausto em Jerusalém, Yad Vashem, na última quinta-feira (4), pedindo que a instituição retire a muda de oliveira plantada no local pelo presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, no 2 de abril. O gesto aconteceu durante a visita de três dias que o pesselista fez a Israel.
Na carta endereçada ao presidente do Yad Vashem, Avner Shalev, o advogado Eitay Mack alega que Bolsonaro “apoia a tortura” e que seu chanceler, Ernesto Araújo, “publicou um artigo dizendo que o nazismo alemão e o fascismo da Itália foram os movimentos de esquerda”. Por isso, pede que a árvore plantada pelo pesselista seja retirada do Yad Vashem, “para evitar a profanação da memória do Holocausto e a memória de muitos movimentos de esquerda na Alemanha, que foram perseguidos e assassinados pelos nazistas”.
“Jair Bolsonaro, da extrema direita, demonstrou apoio à tortura, à volta da ditadura militar, à violência contra as mulheres, ao extermínio da população nativa, ao assassinato de membros da comunidade LGBTQ e de esquerda. Ele afirmou que ele preferia ser comparado a Hitler do que a um homossexual, disse que Hitler era um grande estrategista”, explica Mack na carta.
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