“É um projeto estatisticamente insignificante, esse debate deve atingir 15 mil pessoas. Quem vai em busca disso [ensino domiciliar] são famílias muito ricas, quem pode pagar professores particulares, acessar materiais. Não é a realidade da família brasileira”, diz o deputado Israel Batista (PV), que também é professor de história.
O projeto de educação domiciliar proposto pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL) surtirá algum efeito apenas nas classes mais altas do país e não deveria ser pauta prioritária para o setor. A avaliação é de deputados da Frente Parlamentar Mista da Educação ouvidos pelo UOL. A frente reúne políticos do Senado e da Câmara, de diversas posições ideológicas, além de um conselho consultivo composto por organizações da sociedade civil.
“É um projeto estatisticamente insignificante, esse debate deve atingir 15 mil pessoas. Quem vai em busca disso [ensino domiciliar] são famílias muito ricas, quem pode pagar professores particulares, acessar materiais. Não é a realidade da família brasileira”, diz o deputado Israel Batista (PV), que também é professor de história.
Batista afirma que o governo está perdendo tempo com uma pauta irrisória, enquanto deixa de lado aspectos cruciais da educação como o analfabetismo funcional e a evasão escolar. “É um tema emocionante, mas não é importante”, diz. Apesar das críticas –como ao dizer que “o estudante não pode ser confinado em uma redoma de vidro”–, o deputado diz ver aspectos positivos da medida, como o fato de a família estar mais próxima das crianças e adolescentes.