ELAS CONTAM: TRANSAVAM SEM VONTADE POR VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA DOS PARCEIROS.

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O primeiro namoro da pedagoga Marcela Nunes, de 22 anos, acabou depois de muita pressão e violência psicológica. Ela tinha 17 anos e o namorado a pressionava muito para que rolasse.
Quando ela se negava, ele dizia que Marcela “deveria se tratar, já que todo mundo gosta de transar”. “Eu sentia que tinha algo de errado comigo e, por isso, me forçava a fazer algo que não queria. Tinha medo de que ele terminasse o namoro, já que dizia o tempo todo que ninguém ia me querer e que a ex dele era muito melhor do que eu”.
“Eu cedia. Quando ele me penetrou pela primeira vez, doeu e sangrou muito. Ele não pensava no meu prazer, só no dele e nem se preocupava se eu estava com dor. Eu não me impunha, não pedia que ele parasse. Ficamos juntos por um ano e, em nenhum momento, transei com ele por vontade. Acreditava no que ele dizia, que eu era problemática. Um dia, estávamos transando, eu estava me sentindo triste, e ele parou no meio e disse: ‘Você não sabe fazer, você é um lixo, não quero mais esse relacionamento’. E terminou comigo”, conta Marcela.
O psicólogo e especialista em relacionamentos pela Universidade de Miami, Alexandre Bez, explica que a forçação de barra, nos casos em que a mulher se sente violentada, normalmente vem acompanhada de agressões psicológicas que, ao fim, reduzem a mulher. “Ela ouve tanto que não é merecedora de algo maior, que não é capaz de ter alguém que a respeite. Acaba achando que é normal ceder”, diz Bez.