CAMPEÕES DE DESMATAMENTO E QUEIMADAS NA AMAZÔNIA SÃO DOMINADOS PELO GADO E PELA SOJA

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CAMPEÕES DE DESMATAMENTO E QUEIMADAS NA AMAZÔNIA SÃO DOMINADOS PELO GADO E PELA SOJA
Três dos dez municípios mais queimados em 2019 são do Pará: Altamira, Novo Progresso e São Félix do Xingu

Primeiro a derrubada, depois o fogo e tudo vira pasto. Saiba quais são os municípios líderes em desmatamento na região

Por Bruna Caetano | Brasil de Fato | São Paulo (SP) – O Brasil registrou 131.327 queimadas florestais até o mês de agosto em 2019. Só na Amazônia, foram registrados 43.573 focos, segundo o Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe). A origem do fogo na floresta tem sido alvo de debate nas últimas semanas, repercutindo na imprensa nacional e internacional, aumentando ainda mais a pressão sobre o governo federal para soluções que freiem as chamas.

Uma nota técnica realizada pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), a relação entre as queimadas e o desmatamento da Amazônia torna-se evidente. O instituto comparou os municípios com maior índice de desmatamento com os de maior índice de queimadas — Altamira (PA), Porto Velho (RO), São Félix do Xingu (PA), Lábrea (PA), Colniza (MT) e Novo Progresso (PA) estão nas duas listas.

A relação entre queimadas e o desmatamento não é nova. As queimadas são uma prática primitiva de limpar terras desmatadas para torná-las agricultáveis. Ambas — queimadas e desmatamento — práticas bem conhecidas na dinâmica da agricultura extensiva do agronegócio.

Como se comporta o agronegócio nos municípios mais queimados da região amazônica? Qual o impacto da agropecuária extensiva e quais as alternativas sustentáveis para o desenvolvimento da floresta? Essas são algumas das perguntas que o Brasil de Fato pretende responder nesta reportagem.

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