GRUPO DA LAVA-JATO NA PGR PEDE DEMISSÃO COLETIVA EM PROTESTO CONTRA RAQUEL DODGE

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GRUPO DA LAVA-JATO NA PGR PEDE DEMISSÃO COLETIVA EM PROTESTO CONTRA RAQUEL DODGE
O prédio da Procuradoria-Geral da República, em Brasília Foto: Antonio Augusto/Secom/PGR

Carta cita “incompatibilidades” com manifestação feita por Dodge em investigação

O Globo | Aguirre Talento – BRASÍLIA — O presidente Jair Bolsonaro comparou nesta terça-feira o governo a um jogo de xadrez e afirmou que a dama (ou rainha) corresponde à Procuradoria-Geral da República ( PGR ). O rei seria o presidente, enquanto os peões seriam a maioria dos ministros, com exceção de Sergio Moro (Justiça) e Paulo Guedes (Economia), comparados à torre e ao cavalo, respectivamente. A rainha é a peça mais poderosa do xadrez, por poder se movimentar para todos os lados. O rei, por outro lado, é mais importante, porque perdê-lo significa ser derrotado no jogo.

— Pessoal, vamos imaginar um jogo de xadrez no governo, vamos imaginar? Jogo de xadrez. Os peões seriam, em grande parte, quem? Os ministros. Lá para trás, um pouquinho, o Moro, da Justiça, é uma torre. Paulo Guedes, um cavalo. E a dama, seria quem? Alguém tem ideia? Quero ver se vocês são inteligentes. Quem seria a dama? Qual autoridade seria a dama? Que pode ser um homem, obviamente. Não, o presidente é o rei. A dama é a PGR. Tá legal?

Apesar de Bolsonaro tratar a PGR como parte do governo, o Ministério Público tem independência. O procurador-geral é indicado pelo presidente e precisa ser aprovado pelo Senado, e tem um mandato de dois anos.

Na semana passada, Bolsonaro havia dito que está em dúvida entre três nomes para decidir sua indicação para a PGR. O prazo do mandato da atual procuradora-geral, Raquel Dodge, termina no dia 17 de setembro. O presidente já disse que não tem data para escolher o nome e que pode manter o subprocurador-geral Alcides Martins como interino no cargo.

Amazônia

Bolsonaro confirmou que não irá para o encontro de países da região Amazônica que será realizada na Colômbia na sexta-feira, mas disse que deverá participar por videoconferência.  Ele ainda disse, ironicamente, que irá “agradecer” o presidente da França, Emmanuel Macron, por ter feito os brasileiros conhecerem de fato a Amazônia.

— Muito importante vai ser essa teleconferência na sexta-feira, porque (quero) agradecer ao Macron, meu amigo Macron, agradecer porque ele fez com que o povo brasileiro conhecesse a Amazônia que não conhecia, suas riquezas.