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Imagem: Denis Balibouse/Reuters
A diferença no tratamento tem um motivo: o atacante entregou o celular; Najila prometeu fazer o mesmo e não cumpriu.
esporte.uol.com.br – A Polícia Civil chegou a recorrer à Justiça para obter um mandado de busca e apreensão do celular de Najila Trindade, modelo que acusa Neymar de estupro. Mas em nenhum momento houve manifestação a respeito do telefone do jogador. A diferença no tratamento tem um motivo: o atacante entregou o celular; Najila prometeu fazer o mesmo e não cumpriu.
Durante seu depoimento, Neymar apresentou seu celular à delegada que coordena as investigações, Juliana Bussacos. Ele permitiu que os policiais civis tivessem acesso a todas as conversas e fotos que envolviam Najila Trindade. Os agentes puderam examinar os diálogos e tirar dúvidas. Por este motivo, não existe pressão sobre o atleta.
O caso da modelo é o oposto. Maior interessada no assunto, era de se esperar que Najila entregasse o aparelho à 6ª Delegacia de Defesa da Mulher porque em sua memória haveria um vídeo incriminando Neymar. Ocorre que no dia de seu depoimento a modelo não apresentou o celular aos investigadores.
A promessa de fornecer o telefone foi incluída no documento: “No momento [Najila] prefere não entregar seu telefone celular, pois gostaria de primeiro fazer um backup de todos os seus dados e arquivos, contudo se compromete a entregá-lo através do seu advogado”
O dia marcado para a entrega foi 10 de junho, a segunda-feira da semana passada. A data chegou, o celular não. A modelo voltou à delegacia sem ser convocada ontem. Foi prestar novo depoimento e mais uma vez não entregou o aparelho. Justificou que ele foi extraviado.
A Polícia Civil aproveitou a presença dela para cumprir o mandado de busca e apreensão. A casa da modelo foi vasculhada, mas o telefone não foi encontrado. Ou seja: até agora nada do vídeo ou das conversas. O que se conhece são 66 segundos de imagens em que aparece a modelo agredindo o atacante.
Tablet também sumiu
A situação com celular se soma ao tão citado iPad rosa de Najila. Ele também conteria as imagens, mas não foi levado à delegacia. A razão alegada é que houve um arrombamento no apartamento em que ela morava e desde então o tablet não foi mais visto.
O sumiço do iPad, inclusive, motivou a saída de Danilo Garcia de Andrade, terceiro advogado de Najila, do caso. Ele afirmou que foi acusado de roubar o tablet. O atual advogado, Cosme Araújo Santos, minimiza a importância de ambos os aparelhos, celular e tablet, para a investigação. E mantém o entendimento de que há elementos suficientes para indiciamento por estupro.
“Neste tablet e neste celular dela não tem muita coisa além do que já foi mostrado”.
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