CIRO VÊ CONDENAÇÃO SEM PROVAS, MAS SE NEGA A DEFENDER LULA

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CIRO VÊ CONDENAÇÃO SEM PROVAS, MAS SE NEGA A DEFENDER LULA

Ex-presidenciável Ciro Gomes (PDT-CE) criticou o ex-juiz Sérgio Moro, o procurador Deltan Dallagnol e demais membros do MPF-PR após a divulgação de conversas entre eles sobre a condenação de Lula sem provas; ex-governador do Ceará citou “o excesso de aplausos, as gravatinhas borboletas e, até, condenações sem provas objetivas, cobrariam seu preço”

Brasil247 – O ex-presidenciável Ciro Gomes (PDT-CE) criticou o ex-juiz federal Sérgio Moro, o procurador da Operação Lava Jato Deltan Dallagnol e demais membros do Ministério Público Federal (MPF-PR) após o site Intercept Brasil divulgar trechos de conversas entre eles sobre a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no processo do triplex em Guarujá (SP) mesmo a dúvidas sobre a existência de provas.

“Durante todo o desenrolar da operação Lava Jato sempre expus o que pensava de forma muito clara: o excesso de aplausos, as gravatinhas borboletas e, até, condenações sem provas objetivas, cobrariam seu preço”, afirmou Ciro no Twitter. “Também sempre deixei claro que o Brasil carecia de investigações e punições aos grandes saqueadores da nação. E alertei mais de uma vez: os erros, os desmandos, gerariam de um lado injustiças e, de outro, nulidades que garantiriam liberdade a culpados. (…)”, continuou.

“Fui ainda mais específico quando disse que cada um deveria voltar para sua ‘caixinha’ para preservar as instituições brasileiras e restaurar o poder político. Por toda essa minha leitura fui atacado por todos os lados, mas nunca deixei de me posicionar e defender o q penso(…). Justamente por saber que um dia a história comprovaria o que vinha dizendo. O que estamos vendo hoje é exatamente o que eu alertava. Isso não é ter bola de cristal, é conhecer a história brasileira. Se lembram da Satiagraha? (…)”, escreveu.

“Antes que as paixões contra ou a favor do ex-presidente Lula – o mais notável atingido pela Lava Jato – venham aqui defender cegamente seus interesses, lembrem-se de Eduardo Cunha, Geddel Vieira Lima, Palocci… todos esses poderão se beneficiar com o que está acontecendo(…)”, acrescentou.

O ex-governador do Ceará afirmou esperar “que as instituições brasileiras funcionem: Conselho Nacional de Justiça, Conselho Nacional do Ministério Público, STF e Congresso Nacional, devem se debruçar sobre o assunto, investigar e passar o Brasil a limpo”.

De acordo reportagem do site The Intercept Brasil, Dallagnol duvidava da existência de provas contra Lula, acusado de ter recebido um apartamento da empreiteira OAS como propina. “No dia 9 de setembro de 2016, precisamente às 21h36 daquela sexta-feira, Deltan Dallagnol enviou uma mensagem a um grupo batizado de Incendiários ROJ, formado pelos procuradores que trabalhavam no caso. Ele digitou: ‘Falarão que estamos acusando com base em notícia de jornal e indícios frágeis… então é um item que é bom que esteja bem amarrado. Fora esse item, até agora tenho receio da ligação entre petrobras e o enriquecimento, e depois que me falaram to com receio da história do apto… São pontos em que temos que ter as respostas ajustadas e na ponta da língua'”.

Em outra matéria, o site diz que Moro ia além do seu papel de juiz. “Moro sugeriu trocar a ordem de fases da Lava Jato, cobrou novas operações, deu conselhos e pistas e antecipou ao menos uma decisão, mostram conversas privadas ao longo de dois anos”.