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Polícia Federal prendeu nesta quarta-feira (5) dois servidores da própria instituição e dois advogados pela suspeita de subtrair documentos referentes a investigações do próprio sistema da PF.; operação, batizada de Escobar, é um desdobramento da Operação Capitu, que localizou parte do material referente ás investigações na casa de Andrea Neves, irmão do deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG)
Brasil247 – A Polícia Federal prendeu nesta quarta-feira (5) dois servidores da própria instituição e dois advogados pela suspeita de subtrair documentos referentes a investigações do próprio sistema da PF. A operação, batizada de Escobar, é um desdobramento da Operação Capitu, que localizou parte do material referente as investigações na casa de Andrea Neves, irmão do deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG). Andrea Neves foi intimada a depor nesta nova fase da operação.
Segundo reportagem do G1, um dos servidores da PF presos na operação Escobar é Marcio Antonio Camillozzi Marra, que foi nomeado pelo presidente do Conselho Deliberativo do Cruzeiro, Zezé Perrella, para integrar a comissão que investiga uma série de irregularidades no clube de futebol.
De acordo com a PF, os documentos foram encontrados em posse de Andrea Neves no final de 2018, por ocasião da apuração sobre um esquema de corrupção no Ministério da Agricultura durante o governo da presidente deposta Dilma Rousseff (PT). Na época, 16 pessoas foram presas por envolvimento no esquema, incluindo o então vice-governador de Minas Gerais, Antonio Andrade (MDB) e o empresário Joesley Batista, sócio da JBS.
Andrea Neves foi presa preventivamente em maio de 2017 na Operação Patmos, lastreada em delações premiadas da JBS. Ela é suspeita dos crimes de corrupção, organização criminosa e embaraço às investigações da operação Lava Jato.
Ao se depararem com os documentos, os investigadores suspeitaram do vazamento de informações de diversas operações. Por meio de nota, a PF ressaltou que “tal atitude não só prejudicou diversas investigações como coloca em risco a segurança dos policiais envolvidos nos trabalhos.
Ao todo, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão nos escritórios de advocacia dos envolvidos, além de três mandados de prisão preventiva e um de prisão temporária.
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